Orientações à pais e professores sobre a medicalização da infância: desenvolver para não medicar

Autores

Silvana Calvo Tuleski (ed)
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR
Adriana de Fátima Franco (ed)
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR
Fernando Wolff Mendonça (ed)
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR

Sinopse

O livro didático em tela tem a pretensão de, em uma linguagem acessível, socializar os estudos teóricos e o levantamento de dados sobre a medicalização da infância em municípios do Paraná, realizados no período de 2013 a 2019. A pesquisa contou com a participação de representantes das secretarias municipais de educação dos municípios e os estudos realizados ao longo destes sete anos culminaram na elaboração de dois documentos, um voltado à orientação e formação de professores e outro voltado aos pais. Aos professores, procura-se elucidar as dúvidas mais frequentes, por exemplo, no que se refere ao desenvolvimento infantil e suas manifestações críticas, bem como a partir de que momento é possível se pensar em algum tipo de transtorno no desenvolvimento, que mereça um acompanhamento diferenciado. Além disso, aborda-se sobre os índices de crianças medicadas com psicotrópicos no Brasil e no mundo, quais medicamentos são mais utilizados para o transtorno que vem se destacando quantitativamente nos diagnósticos, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Em linguagem simples, procura-se demonstrar os cuidados necessário tanto com os diagnósticos como com a prescrição de medicamentos que incidem no Sistema Nervoso Central e, portanto, os efeitos colaterais dos mesmos que precisam ser considerados. Demonstra-se a complexidade do processo educativo tendo em vista a promoção do desenvolvimento infantil, principalmente em uma sociedade complexa e contraditória como a atual, que muitas vezes prima pelo imediatismo de determinadas práticas, imediatismo impossível de ser alcançado em termos de uma educação que produza novas formas de desenvolvimento, como o comportamento atento e autorregulado. O texto em sua totalidade instiga à reflexão sobre o que se quer alcançar com nossas crianças, seja como pais ou como professores, considerando que elas serão o futuro. Deste modo, uma pergunta que não se deve ignorar é: que futuro almejamos para as novas gerações? A resposta a esta pergunta faz com que os esforços se dirijam para a construção agora de alternativas saudáveis, criativas e criadoras. Com este objetivo, o material didático oferecido em forma de livro, traz alternativas, reflexões, apontamentos, unindo o conhecimento científico, mas também ilustrações por meio de músicas, poemas e charges. A diferença entre o texto oferecido aos professores e pais não se encontra apenas na quantidade de páginas, mas na forma de redação dialogada, que objetiva produzir o encontro entre escritores e leitores, ambos com a mesma preocupação em pauta: educar e desenvolver as crianças.

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Biografia do Autor

Silvana Calvo Tuleski, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR

Psicóloga, com formação acadêmica e atuação profissional na área de Psicologia Escolar e Educacional, Especialista em Psicologia da Educação, Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá/PR, doutora e pós-doutora em Educação Escolar pela UNESP- Campus de Araraquara/SP. É professora Associada do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá/PR. Participa dos Diretórios de Pesquisa/CNPq intitulados: Estudos Marxistas em Educação, Psicologia Histórico-Cultural e Educação e do Grupo de Estudos e Pesquisas em educação Infantil. Possui diversos artigos publicados em revistas científicas na perspectiva teórica da Psicologia Histórico-Cultural .É membro do corpo docente do Mestrado em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá e orienta trabalhos ligados aos fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural, Neuropsicologia luriana, processos de desenvolvimento e desagregação das Funções Psíquicas Superiores e problemas de escolarização na abordagem da Escola de Vigotski. Coordenadora do LAPSIHC (Laboratório de Psicologia Histórico Cultural) da Universidade Estadual de Maringá.

Adriana de Fátima Franco, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR

Graduação em Psicologia pela UNESP/Bauru (1996), mestrado em Psicologia da Educação pela PUC-SP (2001), doutorado em Educação: Psicologia da Educação pela PUC/SP (2006) e Pós-doutorado pela Universidade Estadual Paulista ( UNESP_ Araraquara, sob a orientação da professora Ligia Marcia Martins). Atuou como professora da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino fundamental de 1993 a 1998. É professora do Departamento de Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá. É membro da comissão executiva da Revista Psicologia em Estudo. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Psicologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento humano, educação, psicologia histórico-cultural.

Fernando Wolff Mendonça, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR

Professor do Departamento de Teoria e Pratica da Educação da Universidade Estadual de Maringá Graduado em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná, Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná (2005) e Doutorado no Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Professor colaborador do Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Educação e Educação Especial, com ênfase na organização da atividade de ensino e aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: politicas publicas, formação docente e planejamento da avaliação de aprendizagem, Teoria Histórico-Cultural.

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Publicado

maio 25, 2021

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